Mercedes-Benz expande pistas de testes em parceria com a Bosch.
novembro 14, 2022Novo campos de provas no interior de São Paulo abre no início de 2023 com espaço para testes de veículos pesados e leves.
Em fase final das obras do Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis (CTVI), no interior de São Paulo, o consórcio formado por Mercedes-Benz e Bosch para construção e utilização das pistas servirá não apenas para que as duas empresas validem seus produtos como também como novo modelo de negócio às companhias.
Isso porque o espaço estará aberto a outras montadoras, sistemistas e qualquer empresa e órgão interessados em testar, validar e homologar produtos, sejam carros, caminhões, ônibus e até tratores.
Nesta quinta-feira, dia 10, Uwe Baake, chefe mundial Engenharia Mercedes-Benz Trucks, conversou com um grupo de jornalistas no estande da Mercedes-Benz do Brasil, na Fenatran, para antecipar alguns detalhes do novo campo de provas, que será aberto no primeiro trimestre de 2023.
Complexo de excelência
Comparado ao que a Mercedes possui na Alemanha, o novo campo de provas poderá receber não só produtos que venham da Europa, quando a capacidade por lá estiver esgotada, como do centro de testes da China, que não é tão completo como o de Iracemápolis.
Até então, a Mercedes aproveitou o espaço chamado de Fase 1 para testar e avaliar toda a frota de Euro 6, que está presente na Fenatran e chega às ruas em 2023.
De todas as pistas, a de durabilidade será mantida com exclusividade pela Mercedes-Benz. O restante será disponibilizado para locação.
A pista de alta velocidade para veículos leves é inédita, garante Baake. “Aqui na América Latina não há um centro de testes comparável a esse, com tudo o que é possível fazer aqui. A pista de alta velocidade é uma pista oval com duas curvas inclinadas e feita de asfalto e não concreto, o que aumenta sua precisão na coleta de dados”, explica o executivo.
O complexo ainda contará com pistas de dinâmica veicular, para testes de segurança e eficiência energética; de dirigibilidade, com superfícies em diferentes níveis; duas pistas de baixo e médio atrito, que são irrigáveis com sistema de baixa pressão, o que não influencia ou prejudica a coleta de dados, e pista de conforto, com asfalto ruim, paralelepípedo, valetas e lombadas.
O centro também estará apto a receber veículos elétricos e autônomos leves e pesados.
Com toda a oferta de testes locais, a Mercedes-Benz afirma que já atingiu uma importante economia com menos uso de protótipos.
O CTVI vai dispor de gestão de tráfego, operacional e de segurança, mas a equipe de engenharia, para coleta e testes, ficará por conta da empresa que alugar e utilizar o espaço.
O consórcio não informa quanto está investindo na Fase 2, mas a Fase 1, que recebeu cerca de R$ 100 milhões para sua construção e foi inaugurada em 2016, já recuperou o investimento.