Complexo a ser instalado em Nova Lima ganha novos parceiros.

Complexo a ser instalado em Nova Lima ganha novos parceiros.

maio 17, 2023 Off Por motoractionbrasil

Fabricante de baterias de lítio e veículos elétricos vai instalar Parque Industrial Colossus Cluster em Nova Lima.

imgAlém de fabricar veículos elétricos e baterias de lítio, empresa sediada nos EUA produz sistemas de armazenamento de energia | Crédito: Bravo/Divulgação

Desde que anunciou, em 2021, a instalação do Parque Industrial Colossus Cluster em Nova Lima (RMBH), a Bravo Motors Company – fabricante de baterias de lítio, sistemas de armazenamento de energia e veículos elétricos para mobilidade pública e mercadorias, sediada nos Estados Unidos -, segue envidando esforços para garantir o empreendimento. Com investimentos estimados em R$ 25 bilhões, em dez anos, o complexo vai incluir a produção de veículos, baterias e demais componentes para mobilidade elétrica.

Paralelamente à negociação com possíveis investidores e clientes, a Bravo também alinha com parceiros garantias para a execução do projeto. Há, por exemplo, conversas avançadas com o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a Prefeitura de Nova Lima para criação de um fundo de investimentos voltado para a atividade.

A informação é do CEO da Bravo, Eduardo Javier Muñoz. Segundo ele, os recursos permitiriam tirar, de fato, do papel, a primeira linha de produção do complexo. “Planejamos fazer o mais rápido possível”, disse em relação a prazos.

Outra novidade é a negociação com uma grande empresa industrial brasileira para integrar Colossus Cluster como investidora e cliente. Uma das cinco maiores empresas de baterias da China também está em conversas, segundo o executivo.

“Já assinamos um MOU (Memorando de Entendimento) com essa grande indústria nacional, que entraria não só comprando produção, mas também como investidora. Estamos alinhando os pontos desse documento, por meio de quatro contratos diferentes. E há um quinto, que incluiria a criação de um Centro de Inovação e Tecnologia em economia verde. Além deles, teria mais três empresas, incluindo, provavelmente, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais)”, revelou.

Centro pode sair do papel antes da fábrica

Ainda conforme Muñoz, esse centro sairia do papel antes mesmo da fábrica. Possivelmente ainda em 2023. “Devemos lançar esse centro esse ano. Ainda estamos estudando onde instalá-lo, talvez dentro de alguma instituição já existente. O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) também vai participar”, completou.

O grande objetivo deste centro de ciência e tecnologia será derrubar mitos em volta da inviabilidade da chamada economia verde. “Testar tecnologias existentes integradas, desenvolver soluções de descarbonização, integrar tecnologias para promover a evolução da cadeia de valor de materiais críticos como o lítio. Além disso, vai contribuir para a atração de humanos do mundo inteiro, bem como servirá para a formação e qualificação dos melhores talentos brasileiros para o setor”, reforçou.

Outras parcerias já foram anunciadas com a ABB, líder em tecnologias de eletrificação e automação,  com a Rockwell Automation, com a multinacional japonesa SMC e com a Andrade Gutierrez.

O acordo com a ABB, por exemplo, prevê o desenvolvimento de projetos com o uso de tecnologia de ponta no País para fabricantes de baterias e veículos elétricos, bem como de carregadores para descarbonização em cidades inteligentes.

A ABB, por meio da ABB E-mobility, é líder global em infraestrutura de carregamento de veículos elétricos (VEs) e está presente em mais de 85 mercados.

Já a iniciativa com a Rockwell Automationcontemplará o apoio tecnológico por parte da companhia para acelerar o projeto da Bravo. Serão fornecidas soluções tecnológicas para a transformação da indústria em uma fábrica inteligente, tendo como premissa o conceito de economia circular.

Prefeitura de Nova Lima quer agilizar licenciamento

Sobre o licenciamento, o CEO da Bravo afirmou que está otimista e que não deverá haver nenhum impeditivo. Em março, o DIÁRIO DO COMÉRCIO publicou que, juntos, município e o governo do Estado estão desenhando o modelo que será adotado para a implantação do parque.

Na época, o prefeito de Nova Lima, João Marcelo Dieguez (Cidadania), garantiu que caso as análises ambientais fiquem a cargo do município, o Executivo empenhará todos os esforços para ocorrer “da maneira mais rápida possível, respeitando, naturalmente, todas as legislações ambientais urbanísticas”.

Inicialmente, as obras do empreendimento estavam previstas para o segundo semestre de 2021, enquanto as operações deveriam começar em 2023. Agora, start da produção está estimado para 2025.

De toda forma, a empresa cogita, já a partir do início do ano que vem, importar componentes para iniciar a produção de sistemas de armazenamento de energia. A intenção é atender o mercado nacional. O formato está sendo discutido e poderá ser uma joint venture com um dos novos investidores a ingressar no negócio.