ABEIFA considera punitiva a tributação de veículos elétricos e híbridos importados
novembro 13, 2023A medida foi anunciada na semana passada e deve passar a valer a partir do ano que vem.
A Associação Brasileira de Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (ABEIFA) considera punitiva a nova política de alíquota do imposto de importação para veículos elétricos e híbridos. A deliberação foi anunciada na última sexta (10) pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex). A partir de janeiro de 2024, carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in comprados fora do país voltarão a ser gradualmente tributados.
Para a associação, ainda que faseada até julho de 2026, a medida é punitiva ao passo que as associadas já estruturaram seu planejamento estratégico/comercial para o próximo ano. Além disso, segundo a ABEIFA, as empresas contam com produção em andamento em suas matrizes, unidades em trânsito por via marítima e até compromissos já firmados com as redes autorizadas de concessionárias para os primeiros meses do próximo ano.
Isso significa que haverá sobretaxação nas primeiras unidades a serem comercializadas em 2024, em prejuízo aos importadores, mas em especial aos consumidores finais.
De acordo com a entidade, os importadores de veículos automotores contribuem efetivamente com a modernização da frota brasileira, neste momento com a introdução de novas tecnologias e inovação exatamente nos veículos eletrificados, trazendo perspectivas de colocar o Brasil no cenário internacional da mobilidade descarbonizada.
Descarbonização
A ABEIFA reforça seu compromisso com o processo de descarbonização da frota brasileira e com a contribuição para o projeto de neoindustrialização do país, cujo as bases são a inovação, a sustentabilidade e o fortalecimento do mercado interno, com geração de emprego e renda, propostas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
“A Abeifa, desde 1991, sempre defendeu a prática do livre comércio com os demais países produtores de veículos automotores, por entender que, só assim, o Brasil pode desfrutar das tecnologias setoriais mais atualizadas. Diante disso, a entidade também se posiciona contrária à implantação do sistema de cotas, ainda que a mecânica de repartição não tenha sido explicitada pelo Gecex-Camex”, ressalta a entidade em nota.
Por: Redação