Deve chegar ao Brasil em 2021: JAC J7 é ”um carro que merece aplausos”, dizem mexicanos… Modelo competirá no segmento de sedãs médios de lá e agrada pelo visual, acabamento e conforto, mas não está livre de críticas.
dezembro 21, 2020Acima o JAC A5, que, no Brasil, vai adotar o nome JAC J7
Apesar de as vendas da JAC não serem as mesmas do passado, a marca acabou de renovar a sua gama de SUVs para 2021, dando cara nova ao T40, T50 e T60. Além disso, a operação nacional da empresa anunciou que fará mais duas estreias no ano que vem, uma delas é o SUV médio elétrico iEV60, que deve chegar em maio.
A aposta do Autoo para o segundo modelo é o J7, sedã do tipo liftback, onde o porta-malas se abre como em um hatch. Resta saber se o modelo chegará com motor a combustão ou em sua variante elétrica, o que é mais provável, a qual já é oferecida na China. O modelo teve a colaboração da Volkswagen no desenvolvimento e começou a se expandir globalmente.
O carro acabou de ser apresentado para o mercado Mexicano, onde baterá de frente com modelos como o Toyota Corolla e o Nissan Sentra. E os mexicanos ficaram bem surpresos. Um dos veículos que já andou na novidade foi o site AutoDinámico, que intitulou seu vídeo de avaliação “JAC J7: um carro que merece aplausos”.
O que ele tem?
No México, o JAC J7 é vendido em três configurações com preços variando entre 339.000 pesos mexicanos (R$ 86,9 mil) e 409.000 pesos mexicanos (R$ 104,9 mil). Todas são equipadas com o mesmo propulsor 1.5 turbo a gasolina capaz de entregar 148 cv de potência e 21,3 kgfm de torque na calibração para aquele mercado. A transmissão é manual na versão de entrada, as duas outras são automáticas do tipo CVT.
Para o México, é declarado um consumo de 9,8 km/l em uso combinado entre cidade e estrada. Nas medidas, o carro tem 4,75 m de comprimento, 1,82 m de largura, 1,49 m de altura e entre-eixos de 2,76 m. O volume do porta-malas não foi declarado, mas com a abertura maior, é mais prática que a de um sedã convencional.
Entre os principais itens de série, o JAC J7 mexicano já conta com freio de mão eletrônico, ar-condicionado automático, iluminação completa por LEDs (incluindo a cabine), central multimídia com tela vertical, conectividade via Android Auto e Apple Car Play, rodas de 17 polegadas e painel de instrumentos digital. Nas versões mais completas aparecem itens como teto-solar panorâmico, iluminação ambiente, bancos de couro com regulagem elétrica para o motorista, seis airbags, alerta de ponto cego e câmeras com visão 360 graus.
Acima o JAC A5, que, no México, adotou o nome JAC J7
O que acharam do JAC J7?
O jornalista mexicano começou a avaliação comentando que os veículos chineses eram “patinhos feios do mercado, inclusive por serem literalmente feios” e teria sido supreendente ver as linhas do JAC J7 saírem tão harmoniosas, com uma grande e imponente grade frontal, não devendo nada para os riviais nesse segmento.
Outro ponto levantado que pode ser considerado em comum com o mercado brasileiro é quanto ao acabamento da cabine. E aí veio outra surpresa: avaliado na versão mais cara, a unidade testada não trazia nenhuma falha de montagem e contava com materiais macios ao toque no painel. O único pênalti ficou para os painéis de portas, que ainda traziam plásticos mais rígidos.
A cabine em si foi julgada como ergonômica e a central multimídia foi elogiada pela disposição vertical, como vem sendo tendência globalmente. No entanto, sentiu-se falta de algumas coisas, como ajuste de profundidade no volante, retrovisor interno eletrocrômico e mais ajustes elétricos para o banco, uma vez que apenas a profundidade pode ser regulada dessa forma. A Multimídia também se mostrou lenta nas transições entre os menus, principalmente entre o de climatização e o Android Auto.
O espaço para o banco traseiro foi considerado mais do que adequado para quem vai no banco traseiro, seja para os joelhos ou para a cabeça, apesar da presença do teto-solar. Quem vai lá atrás ainda conta com saídas de ar-condicionado e tomadas USB. Porém, o espaço para o motorista é mais limitado, com condutores mais altos ficando bem mais próximos do teto.
Quanto à dinâmica, o jornalista apontou que os carros chineses nunca foram voltados para uma condução divertida ou esportiva e o JAC J7 não era exceção. No entanto, quando o assunto é conforto, o modelo chinês conseguiu superar alguns de seus rivais tradicionais. O que não impressionou tanto foi o motor. Apesar de ser competente nas arrancadas, era muito ruidoso em rotações elevadas.
Na conclusão, a publicação diz que o JAC J7 não tem nada em comum com os automóveis chineses do passado. O apresentador do vídeo, inclusive, declarou que o carro era o primeiro modelo vindo da China que ele teria pessoalmente. Além disso, pôs-se no mesmo nível de qualidade de qualquer rival das montadoras tradicionais estabelecidas há décadas no México.