Volkswagen vai construir iate elétrico usando a plataforma do ID.3. Montadora fechou parceria com a Silent Yachts para produzir barcos com base na plataforma MEB.
fevereiro 2, 2021Quando falamos sobre MEB, imediatamente pensamos em carros elétricos. A famosa plataforma com que a Volkswagen começou a fazer a sua transição energética será vista em muitos dos futuros veículos elétricos da marca, mas também em embarcações navais.
É isso mesmo, na verdade a montadora alemã assinou um acordo de parceria com a empresa Silent Yacht para a construção de uma série de barcos elétricos baseados na famosa plataforma projetada em Wolfsburg.
O Tesla dos mares
A austríaca Silent Yacht, apelidada de Tesla dos mares pelo fato de focar na produção de barcos movidos a painéis solares e baterias, vai colaborar por meio da equipe própria Cupra (homônima sem nenhum tipo de parentesco com a marca da Seat) para ajudar a Volkswagen a construir esses novos barcos de emissão zero.
O projeto tomou forma nos escritórios de Wolfsburg há cerca de um ano e meio. Michael Jost, Chefe de Produto de Estratégia do Grupo, apresentou a ideia de um iate baseado na MEB.
“No início parecia um absurdo – explicou ao Electrek – mas depois começamos a compreender o seu potencial. E encontramos na Silent Yachts o parceiro ideal para tentar desenvolver a coisa: começamos a conversar e percebemos que era possível usar a plataforma modular MEB para um barco”.
50 barcos por ano
A Silent Yachts já construiu 11 barcos elétricos. Todos eles são alimentados por baterias maiores do que as normalmente encontradas em carros. Eles variam de um mínimo de 150 a um máximo de 532 kWh, aos quais devem ser adicionados entre 10 e 26 kW dos painéis solares. Mas a Volkswagen também gostaria de equipar cada barco com 6 baterias, para ter autonomia suficiente e uma potência em torno de 500 kW (680 cv).
No projeto com a Volkswagen, porém, a meta é produzir 50 barcos por ano. De 50 pés de altura, falando em tamanho, com a Silent Yachts no design dos cascos e o fabricante alemão ficando a cargo da plataforma, motores e componentes auxiliares do trem de força, todos derivados do setor automotivo.
“O inversor funcionará de forma diferente e também serão necessárias alterações em termos de software – explicou Jost – mas a maioria dos componentes já está na casa e a Silent Yachts pode intervir em todos os níveis”.