Monza chinês chega à América Latina como Chevrolet Cavalier turbo.
setembro 15, 2021Marca anunciou início das vendas do sedã médio no México em três versões de acabamento, incluindo a esportiva RS. Seria ele um bom substituto para o nosso Cruze?
Chevrolet Cavalier 2022 | Imagem: Divulgação
Como prometido, a Chevrolet lançou nesta semana o novo Cavalier turbo no México. Trata-se na realidade do sedã Monza, fabricado na China e onde faz bastante sucesso.
A montadora tornou o país da América Latina o primeiro no mundo a contar com o novo sedã, que utiliza a mesma plataforma do Cruze argentino. A escolha do nome se deu pela tradição conquistada pelo antecessor, um modelo de porte compacto.
Se não chega a empolgar pelo estilo, bastante parecido com o do Onix Plus, o Cavalier se vale do baixo custo de produção para ser uma alternativa ao Cruze, um sedã médio que só sobrevive na linha de montagem da Argentina.
Com dimensões levemente menores que ele, o Cavalier possui 4,61 metros de comprimento e 2,64 m de entreeixos, mas vale vantagem ao ter sido pensado para receber propulsão híbrida.
O motor usado na versão a gasolina também impressiona. O 1.3 litro de 3 cilindros tem 161 cv de potência e 23,5 kgfm de torque. Portanto, mais potente e com quase o mesmo nível de torque que o 1.4 turbo do Cruze.
No México, a GM oferece o novo sedã em três versões, LS, LT e a RS, com ajuste e visual esportivo. Há opção de câmbio manual ou automático de seis velocidades.
As luzes são de LED, as rodas possuem aro 16 polegadas, a central multimídia, de 8 polegadas, e o Cavalier ainda traz sistema start-stop e câmera de estacionamento, entre outros.
Na segurança ativa, o sedã inclui alerta de ponto cego, indicador de pressão dos pneus e controle de estabilidade. Ou seja, nada do outro mundo, mas itens que são hoje imprescindíveis.
Os preços são um diferencial. A versão LS parte de 402,9 mil pesos, a LT sai por 430,9 mil e a RS, por 459,9 mil pesos. Para efeito de comparação, o novo Civic está sendo vendido no México por 475,9 mil pesos.
E no Brasil?
Quando falamos sobre o Monza/Cavalier em junho, imaginamos que ele poderia ser uma saída honrosa para um possível fim da produção do Cruze. Verdade é que o segmento de sedãs médios está cada vez mais enfraquecido e com o esperado fim do Civic nacional restará apenas o Corolla sendo montado no Brasil.
A situação do Cruze não é animadora, a despeito de uma leve recuperação recente. Por isso, o novo sedã poderia ser uma forma de manter-se na categoria sem ter de investir horrores no desenvolvimento de um produto diferente.
A possibilidade de eletrificação também faria dele uma alternativa interessante para um mercado que tende a crescer muito nos próximos anos. Mas antes disso vale saber como os mexicanos receberão o novo Cavalier por lá.