BMW explica complicada metodologia usada para nomear seus carros.
novembro 16, 2021Padrão de nomenclatura é complexo e varia de acordo com motorização, tamanho, tração e categoria.
A lógica usada pela BMW para batizar seus modelos já foi bastante fácil de entender no passado, quando seguia critérios claros de categoria, porte e motorização sem confundir o consumidor. Com a ampliação do portfólio, porém, as regras precisaram ser alteradas e se tornaram menos rígidas para acompanhar a chegada de novos veículos, segmentos e conjuntos mecânicos.
Não por acaso, até mesmo um departamento dedicado ao setor – chamado Strategic Naming and Vehicle Identification – precisou ser criado para dar conta da demanda por novos codinomes. Recentemente em seu próprio podcast – apelidado de “Changing Lanes” – a BMW explicou a metodologia usada atualmente e detalhou o porquê de o padrão ter ficado tão complexo no últimos anos.
No passado, a marca adotava a seguinte lógica: os dígitos do meio representavam a cilindrada do motor e o primeiro a série do modelo. Nesse método, por exemplo, o 745e teria o “7” como referência à categoria (neste caso Série 7) e o “45” representaria o porte do motor. Acontece que o 745e não é equipado com motor 4.5, como sugeria a antiga padronização, e vêm daí boa parte da complexidade do esquema atual.
Hoje, a BMW classifica os veículos de acordo com a potência por quilowatt, sendo modelos com 300 a 350 quilowatts enquadrados na categoria “45”. A mudança pode confundir na maioria das vezes, mas BMW argumenta que foi necessária diante da diversidade de powertrains. Atualmente, são muitas configurações de propulsor a diesel, gasolina, híbridos moderados e híbrido plug-in disponíveis.
A última letra, porém, é fácil de entender: o “e” representa um híbrido plug-in, muito parecido com “i” para carros com injeção de gasolina e “d” para diesel. Além disso, alguns modelos também recebem o sufixo “sDrive” ou “xDrive”, dependendo do sistema tração adotado (dianteira, traseira ou nas quatro rodas).
Depois, vêm os carros M Performance, que têm o “M” antes da designação. Há, no entanto, duas exceções: os modelos X e Z têm a “letra mais poderosa do mundo” após o nome do veículo: X5 M50i, Z4 M40i , etc. No caso raro de um carro M Performance estar disponível com tração nas duas ou nas quatro rodas, o termo “sDrive” ou “xDrive” é adicionado no final. Quanto aos modelos M puros, os SUVs têm o “M” no final, enquanto os sedãs, cupês e conversíveis têm no início.
Em relação aos modelos elétricos, o “i” (de “inovação”) vem sempre na frente. Se o EV tiver apenas tração nas duas rodas, é usado o sufixo “eDrive” semelhante ao “sDrive” usado para carros a combustão. Já as versões com tração nas quatro rodas adotam “xDrive”.
Embora complexo, esse quebra-cabeça de letras e números torna mais fácil nomear de forma lógica cada modelo – principalmente com o portfólio em constante expansão. Nomes tradicionais são considerados mais adequados e até atraentes que meros códigos, mas seria difícil chegar a tantos batismos diferentes que refletissem de forma tão exata características como porte, categoria, motorização, tração, etc.