Renault Austral é revelado para enfrentar Compass e Tucson.
março 8, 2022Utilitário aposta em motores eletrificados e promete ser o mais eficiente do segmento.
De olho no segmento dos SUVs médios, a Renault apresenta o inédito Austral, um utilitário que aposenta o Kadjar na Europa, apostando em um design completamente novo e muito mais tecnologia do que seu antecessor. Terá a missão de enfrentar modelos como Hyundai Tucson, Peugeot 3008 e Jeep Compass, inclusive com uma versão híbrida como seus rivais.
Para começar, vamos falar de suas medidas. o Renault Astral tem 4,51 metros de comprimento, 1,83 m de largura e 1,62 m de altura, com um entre-eixos medindo 2,67 m. Isto faz com que seja levemente mais longo e maior do que seu antecessor, embora seja um pouco mais estreito e com um entre-eixos alongado. A capacidade do porta-malas varia entre 500 litros e 575 litros, dependendo se está equipado com bancos traseiros fixos ou deslizantes. Se escolher a versão híbrida, a adição das baterias faz com que o espaço caia para 430 litros e 555 litros, respectivamente.
Renault Austral 2023
A força virá do motor 1.2 turbo de três cilindros, equipado com um sistema híbrido-leve e que a Renault diz que será uma “alternativa genuína ao diesel”. Sim, a fabricante francesa não oferecerá mais um motor diesel neste segmento. O sistema de 48V que utiliza um motor no lugar do alternador, ajuda o carro a contar com 130 cv, entregues para as rodas dianteiras por uma transmissão manual de 6 marchas.
Com esta tecnologia híbrida-leve, a marca diz que consegue atingir um rendimento de até 18,8 km/litro, emitindo 123 g/km de CO2. Sem este sistema, o carro seria 20% mais beberrão, de acordo com as estimativas da Renault.
Ainda terá o 1.3 turbo de quatro cilindros, também com a tecnologia híbrida-leve. É o motor desenvolvido em parceira com a Mercedes-Benz e que equipa Captur e Duster nacionais, mas com um sistema de 12V. Neste caso, pode utilizar um câmbio manual de 6 marchas ou um CVT. A variante manual tem 140 cv, enquanto a CVT eleva a potência para 160 cv, mantendo o torque de 27,5 kgfm. A opção mais potente faz 16,1 km/litro.
A opção mais cara será a E-Tech Hybrid, um híbrido feito com o motor 1.2 turbo. Sempre é ligado no modo elétrico e pode entregar uma potência entre 160 cv e 200 cv, dependendo da versão escolhida. Promete ser bem eficiente, com um rendimento de 21,7 km/litro e emite somente 105 g/km de CO2, o que faz com que a Renault diga que é um dos SUVs híbridos mais ecológicos do segmento.
No resto da parte mecânica, as versões mais baratas usam suspensão de eixo de torção na traseira, enquanto as mais caras usam uma independente multi-link e ainda recebe um sistema de esterçamento das rotas traseiras chamado 4Control Advanced. O Austral virá recheado de tecnologia, incluindo um head-up display de 9,3 polegadas, uma central multimídia de 12 polegadas na vertical, painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, faróis LED matrix, câmera de 360°, controle de cruzeiro adaptativo, assistente de permanência em faixa e mais.
O Renault Austral ainda é o primeiro carro da marca a trazer a linha Esprit Alpine, feita pela nova divisão esportiva e que traz um visual mais agressivo. Utiliza rodas de 20 polegadas com acabamento escurecido e o logo da Alpine pela carroceria, enquanto as versões mais baratas usam rodas de 17 ou 19 polegadas. Recebe todo tipo de melhorias visuais, incluindo detalhes pretos e uma pintura exclusiva no tom cinza Satin Shale. Por dentro, o acabamento combina Alcantara, couro Nappa e tecido imitando fibra de carbono, com costuras azuis. Os pedais de alumínio e as soleiras das portas com o logo da Alpine fecham as mudanças.
Previsto para iniciar as vendas no último trimestre do ano, o Renault Austral será vendido na Europa. A fabricante ainda não dá sinais de que oferecerá o carro em outros mercados, mas isto pode mudar no futuro. Com a promessa da marca francesa de elevar o nível dos carros da empresa em todos os países onde opera, o Austral pode virar uma opção no futuro, posicionado acima do SUV-cupê Arkana (que virá ao Brasil importado do Coreia do Sul). Se vier, deve aparecer na versão híbrida, justificando o preço alto por vir importado.
Fonte: Renault