Fabricante chinesa quer vender 100.000 motos elétricas com níobio brasileiro em 2024.
abril 4, 2022Tecnologia em desenvolvimento prevê reduzir o tempo de recargas de baterias para 10 minutos. Primeiro modelo do tipo deve chegar às lojas em 2 anos.
Horwin CR6 elétrica | Imagem: Horwin
A Horwin anunciou neste sábado (2) mais detalhes sobre a produção de uma moto elétrica que utilizará nióbio brasileiro em suas baterias. O plano da empresa chinesa prevê vendas de 100.000 motocicletas com a tecnologia no Brasil e outros mercados da América do Sul em 2024.
O uso da tecnologia em motocicletas da fabricante chinesa foi revelada durante a semana. A Horwin Brasil se uniu à CBMM (Companhia Brasileira de Siderurgia e Mineração) para o desenvolvimento de uma nova moto que deve ser apresentada como protótipo ainda no primeiro semestre de 2022.
De acordo com a agência Reuters, o investimento da Horwin na parceria é de R$ 100 milhões, enquanto a CBMM fica responsável por R$ 70 milhões de aporte.
Carregamento em até 10 minutos
A partir de baterias desenvolvidas com CBMM e a Toshiba, o modelo, que terá como base a naked elétrica CR6 da fabricante chinesa, utilizará nióbio em suas baterias. Segundo as empresas, o elemento aplicado em baterias de íon-lítio pode tornar o carregamento das mesmas ultrarrápido para cerca de 10 minutos.
O tempo de recarga de baterias para veículos elétricos tem sido uma das grandes dificuldades para tornar a tecnologia mais viável. Empresas têm buscado alternativas, como a de baterias instantaneamente intercambiáveis, o que levou as 4 gigantes japonesas do mundo das a motos a criarem a empresa Gachaco.
A previsão é que a CR6 com nióbio chegue ao mercado brasileiro em 2024, quando a fabricante pretende já alcançar as milhares de vendas. O modelo conta com 6.200 watts (em torno de 8,4 cavalos) e uma autonomia de rodagem de 150 km.
O que é nióbio?
O metal nióbio é considerado um “melhorador” de componentes, deixando aços mais leves e resistentes. Seu nome tem origem na deusa grega Níobe, filha de Tântalo, e é o elemento número 41 da tabela periódica. Sua utilização na indústria automotiva pode ir desde o sistema de freios até baterias com recarga ultrarrápidas.
O Brasil é o maior produtor de nióbio do mundo, mas o material não é considerado raro, mas sim ainda pouco explorado. Outros países como Canadá e Austrália também apontam no mercado do metal.