Ford usará lítio da Argentina para as baterias de carros elétricos.

Ford usará lítio da Argentina para as baterias de carros elétricos.

abril 12, 2022 Off Por motoractionbrasil

Montadora assinou um acordo com a Lake Resources, que opera no norte do país; projeto exigirá um investimento US$ 540 milhões.

Ford recarga veículo a veículo

Pouco a pouco, a Argentina vai se firmando como um fornecedor global de lítio para as baterias de veículos elétricos. Recentemente, a Ford assinou um acordo preliminar para comprar lítio de uma instalação da Lake Resources NL, que opera no norte da país vizinho, perto da fronteira com o Chile.

De acordo com a agência Reuters, o chamado “projeto Kachi” exigirá um investimento de US$ 540 milhões e terá início em 2024. Vale destacar que o acordo entre a Lake Resources e a Ford não é vinculativo e deve ser finalizado para incluir um cronograma específico de entrega.

A Ford pretende comprar 25.000 toneladas de lítio anualmente do projeto, que está sendo desenvolvido com a empresa privada de extração Lilac Solutions Inc. A tecnologia da Lilac utiliza 10 toneladas de água para cada tonelada de lítio produzido e é feita por extração direta de lítio (DLE), uma geração relativamente nova de tecnologias que filtram metais de salmouras e usam muito menos área de superfície do que minas a céu aberto e lagoas de evaporação.

“Este é um dos vários acordos que estamos explorando para ajudar a Ford a proteger matérias-primas para apoiar nosso plano agressivo de aceleração de veículos elétricos”, disse a porta-voz da Ford, Jennifer Flake. A Ford se junta desta forma a outras montadoras, como BMW, Tesla e Toyota, que também têm investimentos e extraem lítio no país vizinho.

Ford recarga veículo a veículo

Segundo dados oficiais, a Argentina tem um panorama de investimentos em operações de mineração de lítio de US$ 6,473 bilhões se os 19 projetos atuais para a exploração do recurso em diferentes graus de progresso forem levados em conta.

Isso permitiria multiplicar por 10 sua produção e atingir 373,5 mil toneladas de sua capacidade atual de 37,5 mil toneladas. Em relação à produção global de lítio, os hermanos estão posicionados em quarto lugar no mundo, com 7,4% da participação de mercado (ano 2019), atrás da Austrália (52,2%), Chile (22,4%) e China (12,5%). Algumas montadoras já estão se aproveitando desse potencial, que deve despontar com o avanço da transição energética.