Canela: Complexo turístico Kempinski Laje de Pedra dá início às obras de revitalização em abril.

Canela: Complexo turístico Kempinski Laje de Pedra dá início às obras de revitalização em abril.

abril 20, 2023 Off Por motoractionbrasil
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Sócios José Paim de Andrade Júnior (E), José Ernesto Marino Neto (C) e Marcio Carvalho (foto: divulgação)

Previsão é que a revitalização completa e ampliação do antigo hotel de Canela leve em torno de 36 meses 

Kempinski Laje de Pedra Hotel & Residences realizou na última terça-feira (18) a cerimônia que marca o início das obras de retrofit e ampliação do prédio em Canela (RS). A valorização das características naturais da região e arquitetônicas presentes no antigo edifício do hotel são a grande inspiração do projeto da Perkins&Will que prevê a ampliação em 32 mil metros quadrados do complexo hoteleiro e residencial.

A primeira fase contempla investimento de R$ 239 milhões para a reforma e modernização de 24 mil metros quadrados de área construída, cujas obras devem levar aproximadamente 36 meses. Esta etapa prevê a entrega dos primeiros 128 apartamentos e todo o equipamento e instalação hoteleira incluindo piscinas, restaurantes, bares, academia, SPA, kids club, teatro, lojas, centro de eventos e enfermaria com telemedicina.

O projeto completo prevê, ainda, a construção de mais 229 apartamentos e investimento total superior a R$ 650 milhões. O empreendimento é o primeiro com a bandeira Kempinski na América do Sul e deve se tornar o mais sofisticado hotel de lazer do continente.

Os projetos de interiores dos bares, restaurantes e demais áreas comuns são de responsabilidade dos escritórios Anastassiadis Arquitetura e Perkins & Will Interior Designers.

O interior dos apartamentos é um trabalho de Anastassiadis Arquitetos, que assina também os projetos do Palácio Tangará, do Fairmont Copacabana e do Eden Roc, na Riviera Francesa.

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Tudo isso se soma a uma das vistas mais bonitas da região graças ao seu posicionamento privilegiado sobre o Vale do Quilombo, falésia de 400 metros em uma das regiões mais bonitas do sul do Brasil. (foto: Lisiane Viezzer/Kempinski Laje de Pedra)

O projeto original da construção é do arquiteto gaúcho Edgar Graeff, contratado pelos idealizadores do hotel, José Luiz Correa Pinto e Péricles de Freitas Druck, para transformar um desejo em realidade.

Inaugurado em 1978, o local refletiu, durante mais de 40 anos, sua época. Agora, ganha um ar contemporâneo e passa a representar as tendências de arquitetura e design do século XXI.

Entre os destaques da revitalização estão a valorização da vista para o Vale do Quilombo e a utilização da madeira e da pedra de forma ampla e inovadora. Os traços originais são mantidos, mas adquirem outro significado.

O concreto, produto símbolo da arquitetura do século XX, ganha a companhia da madeira, material que vem conquistando espaço no mundo e é encontrado em grande parte das casas da região, inclusive as mais tradicionais datadas no início da colonização europeia no RS.

A madeira é tendência e aponta para um novo caminho da arquitetura, principalmente de Canela, focando no consumo consciente e menor emissão de carbono. Inclusive, todos os processos revelam a preocupação com o meio ambiente, com métodos construtivos de baixo impacto e aproveitamento ao máximo da infraestrutura e insumos já presentes no local.

O método construtivo adotado no Kempinski Laje de Pedra emprega, dentre outras técnicas, a madeira laminada colada. Também conhecida como CLT (Cross Laminated Timber) e tida como o “concreto do futuro”, a técnica irá criar uma estrutura de cobertura da praça central e de diversos pergolados, que trarão  ainda mais beleza e interação com a natureza. O material escolhido é o pinus, produzido e extraído de acordo com critérios de responsabilidade ambiental e social.

Tudo isso se soma a uma das vistas mais bonitas da região graças ao seu posicionamento privilegiado sobre o Vale do Quilombo, falésia de 400 metros em uma das regiões mais bonitas do sul do Brasil. Anteriormente, a estrutura do hotel estava de costas para a falésia. A ideia, agora, é voltar-se à natureza e incorporá-la ao projeto.

Por: Ana Ferreira