Chefão da MV Agusta não vê motos esportivas elétricas tão cedo.
maio 11, 2021Para Timur Sardarov, serão precisos seis anos para que a marca consiga oferecer uma alternativa à bateria tão potente quanto suas atuais motos a combustão.
Em meio à febre de anúncios de motocicletas elétricas no mundo, Timur Sardarov, CEO da marca italiana MV Agusta, foi cético quando à adoção da tecnologia em motos esportivas.
Em entrevista ao site MCN, o executivo russo afirmou que a marca de motos de alto desempenho começará a estudar a propulsão elétrica no ano que vem com o objetivo de apresentar seu primeiro modelo a bateria em 2027.
Sardarov não minimizou a tendência, porém, acredita que as motos elétricas esportivas ainda estão longe de serem viáveis. “De acordo com nossa pesquisa, ainda estamos a pelo menos cinco a sete anos de lançar algo que faça sentido em termos de DNA de marca, desempenho, peso e densidade de potência”, explicou.
Para compensar o começo tardio, a MV Agusta conta com um amplo staff de engenheiros, “o maior da indústria”, garante Sardarov.
Em vez de uma moto elétrica, como sua rival Triumph, a MV Agusta promete um novo motor de três cilindros e 950cc para 2023. Ele equipará uma inédita moto aventureira da marca, disse seu presidente, que adianta que o modelo será apresentado no final do ano que vem.
Longe do Brasil
Fundada em 1945, a MV Agusta teve uma história atribulada desde os anos 80, passando a ser controlada por outros grupos, após a morte de seu criador. Na década passada, a marca chegou oficialmente ao Brasil, participando do Salão das Duas Rodas, mas deixou o mercado em 2016 quando a situação financeira se agravou.
Em 2017, a fabricante passou a contar com o fundo de investimentos russo COMSAR, ligado à indústria petrolífera e que assumiram o controle em 2019. Desde então busca se reerguer no mercado de motos de alto desempenho.