Great Wall quer instalar fábrica de carros elétricos no Brasil.
abril 29, 2021Maior montadora privada da China planeja produzir veículos elétricos e utilitários compactos na região Sudeste.
A Great Wall Motors (GWM), maior montadora privada da China, está interessada em abrir uma fábrica de carros elétricos no Brasil e teria procurado autoridades brasileiras na semana passada, segundo afirma Lauro Jardim em sua coluna no O Globo.
De acordo com o que foi apurado pela coluna, a montadora chinesa teria como objetivo se instalar na região Sudeste, mais precisamente no estado do Rio de Janeiro, para produzir carros elétricos e utilitários leves. Caso os planos se concretizem, a meta seria de iniciar a exportação de veículos já em 2022.
Galeria: Great Wall Euler White Cat
O interesse da Great Wall no Brasil não é de hoje. A gigante chinesa já vem sondando o nosso mercado há alguns anos com o objetivo de encontrar um estado que ofereça benefícios fiscais adequados para que a empresa possa instalar sua fábrica.
Atualmente, a Great Wall Motors engloba quatro marcas de veículos: Great Wall, Haval, Wey e ORA, sendo esta última uma divisão exclusiva de carros elétricos. Na China, a GWM está promovendo grandes projetos de expansão e, globalmente, a empresa possui fábricas no Equador, Malásia, Tunísia, Bulgária e Rússia.
Conceito de SUV elétrico da Great Wall-ORA apresentado no Salão de Xangai 2021
Ao todo são 17 unidades de produção no sistema de manufatura global chamado “12 + 5” (12 bases de produção de veículos completos e 5 unidades que trabalham com kits desmontáveis/CKD). A pesquisa e desenvolvimento global da GWM cobre a Europa, Ásia e América do Norte, com centros específicos estabelecidos no Japão, Estados Unidos, Alemanha, Índia, Áustria e Coréia do Sul.
Será interessante observar o movimento da Great Wall no Brasil e, caso o projeto da fábrica se concretize, avaliar qual será sua estratégia de produção e mercado, uma vez que o país ainda não oferece incentivos consistentes para a fabricação local de carros elétricos.
Fonte: O Globo