Peugeot Landtrek ”não deve nada para Hilux e Frontier”, dizem mexicanos. Apesar de a novidade da marca ainda não disponibilizar motores a diesel, equipamentos e acabamento compensam.

Há poucos dias, a Peugeot Landtrek foi lançada no México e a marca confirmou que a novidade será vendida no Brasil em 2022, quando deve ter início a produção da picape no Uruguai. As mídias mexicanas já conseguiram obter um primeiro contato com a nova concorrente de Toyota Hilux e Nissan Frontier naquele país.

O que ela tem?

Um dos veículos que avaliaram a picape foi o site Motorpasión, que já opinou sobre a nova Peugeot Landtrek. No México, a novidade tem preços variando entre 504.900 pesos mexicanos (R$ 130,1 mil) e 634.900 pesos (R$ 163,6 mil). São três opções de versões, podendo oferecer tração 4×2 ou 4×4, além de câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas. No entanto, por lá, é oferecido inicialmente apenas o motor 2.4 turbo a gasolina com 210 cv de potência e 32,6 kgfm de torque.

Desde a versão de entrada, a Peugeot Landtrek mexicana já oferece itens como a central multimídia com tela de 10 polegadas e conectividade via Android Auto e Apple CarPlay. Na topo de gama, já aparecem elementos como faróis e lanternas de LED, alerta de mudança de faixa, sistema de câmeras com visão 360 graus, bancos de couro com ajustes elétricos para o motorista e mais acabamentos cromados. A lista foi elogiada pela imprensa de lá, colocando a novidade à frente de suas rivais. 

Como anda?

No início do teste-drive, os mexicanos estavam a bordo de uma versão de entrada da Landtrek, apenas com tração 4×2 e câmbio automático. Na opinião deles, a picape surpreendeu na estrada pelo bom comportamento dinâmico. Claro que ainda se trata de uma picape, mas seu isolamento acústico e a precisão da direção estavam acima do visto nas principais concorrentes desse segmento por lá.

Com 1.150 kg de capacidade de carga, uma dúvida que foi levantada sobre a picape da Peugeot foi a respeito da performance do motor turbo a gasolina. De acordo com a publicação, o fato de as primeiras duas marchas do câmbio serem curtas compensam o torque menor em relação ao diesel e a Landtrek consegue acelerar bem. Além disso, o motor a gasolina gera menos ruído e vibrações, além de ser mais elástico na entrega de força. Foi dito que a opção da Peugeot “mesclava o melhor do motor a diesel com o melhor do motor a gasolina”.

Uma vez em que partiram para a terra, foi utilizada a versão topo de linha da Landtrek com tração 4×4. Foi elogiado que, apesar do motor a gasolina, o sistema de tração integral oferece também a caixa de redução e bloqueio de diferencial, algo que auxiliou a picape a entregar boa tração mesmo em terrenos arenosos.

Quanto ao visual da Peugeot Landtrek, os mexicanos apontaram que não muito o que fazer quando se trata de um veículo utilitário, suas formas seguem sua função. No entanto, com uma grade mais proeminente e trabalhada, aproximava-se mais dos SUVs, como o 3008, e se diferenciava de modelos como a Hilux e a Frontier. 

Olhando para a configuração topo de linha, foi apontado que o interior da Landtrek utilizava “materiais robustos e de fácil limpeza”. No entanto, a inspiração novamente vinda dos SUVs de luxo da Peugeot, como os botões em formato de teclas de piano e incertos imitando alumínio no acabamento, acabavam por dar um ar mais premium à picape.

Como se tratava de uma apresentação inicial da nova Peugeot Landtrek, os mexicanos não se aprofundaram muito da conclusão, aguardando um teste mais longo e compreensivo. No entanto, foi dito que a Peugeot já é a terceira marca mais vendida daquele país sem ter uma picape. Com isso, a Landtrek será importante, uma vez que a empresa deve observar um crescimento.