Porsche e Audi vão atuar na F1 de olho em novo regulamento.
maio 2, 2022CEO do Grupo Volkswagen, dono das marcas, confirmou a entrada das empresas na principal categoria do automobilismo mundial.
Red Bull pode ser a parceira da Porsche na F1 | Imagem: Divulgação
Há anos existe um namoro entre o Grupo Volkswagen e a Fórmula 1, mas parece que finalmente esse casamento vai acontecer, por meio da Audi e da Porsche. Isso porque o CEO do grupo, Herbert Diess, confirmou a entrada das duas montadoras na principal categoria do automobilismo.
O executivo garantiu a presença das duas montadoras durante uma entrevista transmitida pelo conglomerado em seu canal no YouTube. Segundo Diess, os planos para cada uma das marcas será diferente, sendo que a Porsche tem mais chances de entrar até mesmo antes do que a Audi.
Isso porque a ideia é que a Porsche se alie à Red Bull, que passou a desenvolver seus próprios motores para o time principal e para a AlphaTauri, que também pertence ao grupo de energéticos.
Já a Audi tentaria um plano mais ousado. O objetivo da marca das quatro argolas é comprar a McLaren, para entrar na categoria junto com uma das equipes mais tradicionais da história.
Talvez o sucesso da Mercedes-Benz na F1 tenha incentivado o Grupo Volkswagen a entrar na categoria. Porém, ainda deve demorar alguns anos para a entrada ser concretizada, já que deve acontecer apenas em 2026, quando um novo regulamento de motores deverá ser introduzido na categoria.
A expectativa é que a nova era de propulsores siga com tecnologia híbrida, com o V6 1.6 turbo sendo mantido, bem como o MGU-K, sistema de bateria que aumenta a potência. O MGU-H, por sua vez, seria descontinuado.
Outro ponto importante é que a F1 caminha para o uso de combustíveis sintéticos, os quais têm recebido atenção especial por parte da Porsche, uma vez que eles podem ser uma alternativa para os esportivos da marca ao lado da eletrificação.
Volta e estreia
O anúncio marca a volta da Porsche à F1, que já esteve presente na categoria em três ocasiões. A primeira empreitada foi entre 1961 e 1962, com uma equipe própria e que resultou em apenas uma vitória. Já a segunda era da Porsche foi a mais vitoriosa, quando forneceu motores para a McLaren entre 1983 e 1987.
O curioso é que os motores turbo da marca eram renomeados como TAG, mas a fabricação era da montadora alemã.
Foram três títulos de pilotos conquistados nessa época, com Niki Lauda em 1984 e Alain Prost, em 1985 e 1986. A última aparição da Porsche na F1 foi em 1991, quando forneceu um motor V12 aspirado para a Footwork, sem muito sucesso.
No caso da Audi, seria uma estreia na categoria. Porém, há uma participação da Auto Union, conjunto de montadoras que deu origem à Audi, nas provas de Grand Prix, que foi uma antecessora da F1. Nos anos 1930, os modelos Type C e Type D da Auto Union tiveram grande sucesso, vencendo provas e marcando época com sua capacidade de superar os 300 km/h.