Ibovespa Futuro sobe 2% e dólar cai após apoio de Bolsonaro a Guedes e estímulos no exterior.

Ibovespa Futuro sobe 2% e dólar cai após apoio de Bolsonaro a Guedes e estímulos no exterior.

abril 27, 2020 Off Por motoractionbrasil

SÃO PAULO – O mercado brasileiro começa a semana em alta, seguindo o bom humor externo com investidores atentos à reabertura da economia em alguns países europeus e estados americanos, além dos novos estímulos anunciados no Japão.

Além disso, anima o mercado nesse início de dia a fala do presidente Jair Bolsonaro reforçando seu apoio ao ministro da Economia, Paulo Guedes, dizendo que o chefe da pasta é quem comanda a economia.

“Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia. E o homem que decide a economia no Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir”, disse Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada.

Enquanto isso, o ministro afirmou que o governo segue firme em sua política econômica de responsabilidade fiscal. Guedes explicou ainda que os gastos feitos para combater o novo coronavírus são uma “exceção” na condução da política econômica.

“Queremos reafirmar a todos que acreditam na política econômica que ela segue e a mesma política econômica”, ressaltou Guedes.

Às 09h15, o Ibovespa Futuro tinha alta de 1,85%, aos 78.000 pontos – após chegar a subir 2,6% nos primeiros sinais do dia -, enquanto o dólar futuro para maio registrava queda de 0,24%, para R$ 5,572. Enquanto isso, em Nova York, o ETF brasileiro EWZ registra alta de 5,73%.

Já no mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 recua 15 pontos-base, em 3,90%, enquanto o DI para janeiro de 2023 tem queda de 25 pontos, para 5,24%. O contrato para janeiro de 2025 cai 25 pontos-base a 7,06%.

As bolsas da Ásia fecharam todas em alta, com destaque para Tóquio, onde o índice Nikkei-225 avançou 2,71% após o Banco do Japão (BoJ) anunciar a compra de comercial papers e outras medidas de estímulo.

O BoJ manteve os juros, como esperado, mas anunciou que continuará a comprar bônus do Japão (JGB) e T-bills “sem estabelecer um limite” e elevou sua meta de compras de dívida corporativa e commercial papers para 20 trilhões de ienes. Segundo o Swissquote, a postura do BoJ “busca ajudar companhias a encontrar financiamento fácil, diante da desaceleração econômica puxada pela pandemia”.

Na Europa, as bolsas abriram em alta, após o governo italiano publicar ontem um decreto para o começo da fase 2 de reabertura da economia em 4 de maio. A terceira fase, disse o premiê italiano Giuseppe Conte, com a reabertura de bares, restaurantes e museus, só começa dia 18 de maio.

No Reino Unido, o premiê Boris Johnson volta hoje ao trabalho em Downing Street no centro de Londres. Johnson ficou duas semanas hospitalizado com o coronavírus. Ele deve anunciar nesta semana medidas para reabrir a economia britânica, mas alertou para os riscos de um aumento no número de casos. Johnson definiu a situação como de “máximo risco”. A Grã-Bretanha tem mais de 20 mil mortes e 100 mil casos do coronavírus.

A última semana de abril terá reuniões de dois bancos centrais importantes: o Federal Reserve dos Estados Unidos, terça e quarta-feira; e o Banco Central Europeu, que se reúne na quinta-feira. Além disto, as empresas de tecnologia, como Apple, Amazon e Microsoft, deverão publicar balanços do primeiro trimestre.

No Brasil, a temporada de resultados corporativos do primeiro trimestre ganha tração nesta semana, com a publicação dos balanços do Santander Brasil, Bradesco, Vale, Minerva e Gol, entre outras empresas. Já a Boeing, que luta com a crise do 737 Max e cancelando pedidos, desistiu do negócio de jatos comerciais da Embraer.

Agenda econômica

Às 15h, serão revelados os números da balança comercial semanal até 26 de abril.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) publica na manhã desta segunda suas sondagens do Comércio e do Consumidor em abril. No exterior, poucos indicadores nesta segunda-feira.