Viagens corporativas em fevereiro registraram R$ 9 bi.
maio 23, 2023De acordo com levantamento da ALAGEV, o setor de viagens corporativas em fevereiro registrou faturamento de R$ 9 bilhões, o maior já registrado no período em 8 anos
Criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV), o Levantamento de Viagens Corporativas (LVC) mostra que em fevereiro deste ano as despesas estimadas das empresas brasileiras com viagens de negócios cresceram 59,5%.
Isso em comparação com o mesmo período de 2022, atingindo um faturamento de quase R$ 9 bilhões, o mais alto para o mês desde 2015.
Segundo o estudo, o alto incremento deve-se ao fato de que fevereiro de 2022 foi considerado o auge dos casos de pessoas contaminadas pela variante Ômicron do coronavírus.
Então, diante da apreensão no país, as empresas tomaram atitudes como postergar, e até cancelar, viagens e eventos, prejudicando assim o desempenho do segmento corporativo. Assim, a base de comparação fragilizada permite variações mais expressivas.
Alta do faturamento e demanda aquecida no setor de turismo de negócios
A movimentação das viagens corporativas continua em sua trajetória sólida de expansão. Inclusive, o setor de viagens corporativas contabiliza serviços de turismo como meios de hospedagem, alimentação, transportes (avião, ônibus e locação de veículos) e agências de viagens.
Nas companhias aéreas, por exemplo, o volume de pessoas viajando chegou a um patamar similar ao pré-pandemia. Porém as organizações estão pagando um valor acima do que registrado na época, e isso contribuiu para a elevação do faturamento.
Além do caso da aviação, dados dos meios de hospedagem também indicam a demanda aquecida. Isso a partir de taxa de ocupação e tarifa média superando os níveis anteriores a 2020, e o corporativo tem grande parcela de colaboração nessa retomada.
De acordo com o LVC, apesar de os custos ainda estarem elevados em relação ao ano passado, em alguns serviços de turismo já há sinais de desaceleração e até mesmo recuo de preços. Inclusive, essa tendência, de tarifas mais moderadas é essencial para que os gestores de viagens das empresas tenham mais previsibilidade e espaço. Para então aumentar a frequência de viagens, encontros e eventos, estimulando todo o setor.
“No relatório anterior, sobre janeiro, já tínhamos apresentado o melhor desempenho do mês desde 2015 e esse recorde foi batido novamente, quando comparamos fevereiro com o mesmo período dos últimos anos. As agendas de eventos estão lotadas e percebemos a valorização de encontros presenciais”, comentou Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da ALAGEV.
Viagens corporativas em fevereiro: veja as considerações finais
De maneira geral, o dado de fevereiro é muito positivo, pois mostra que as viagens corporativas estão nos patamares similares aos de antes da pandemia. Ou seja, se consolidando no seu tamanho normal, próximo aos R$ 10 bilhões de faturamento mensais.
No entanto, para que atinja novos recordes, não somente pelo aumento de preços, mas por conta de uma demanda ainda mais aquecida, é necessário que o país apresente um crescimento mais forte, com taxas de juros adequadas.
Por exemplo, um grande entrave aos investimentos produtivos é a SELIC em 13,75% ao ano. Isso porque ela deve começar a cair no segundo semestre deste ano e não terá grande efeito para 2023. Mas trará ainda mais expectativa para o setor corporativo, que já tem comemorado bons números.
Por: Redação